A prática das ocupações tem destruído os muros das divisões tradicionais do ensino básico e superior. Por isso os alunos do Ocupa UFOP se uniram aos alunos secundaristas que ocupam o Colégio Estadual D. Pedro II no dia 19/11, para uma série de oficinas, debates, atividades culturais e o mais importante, construir um pensamento crítico.
O evento recebeu mais de 120 pessoas e foram realizadas rodas de conversa acerca da economia e política do país. Além disso, ocorreu oficina de pintura no rosto, doação de cabelo (fios de solidariedade) com corte no local, brincadeiras no pátio do colégio e distribuição de algodão doce e pipoca. A SEE participou do evento expondo o Museu Itinerário, o que contribui para a difusão do conhecimento espeleológico no meio escolar e social. Houve grande interação entre a comunidade e os estudantes, inclusive o evento contou com a presença dos atuais vice-reitor e reitora da Ufop, Hermínio Arias Nalini e Cláudia Marliére, respectivamente.
Nesse sentido, as ocupações são instrumentos de luta política – apesar de seu resultado ser, ainda, incerto – já se pode antever um resultado imediato na dimensão da experiência de resistência. Nelas são geridas novas formas de sociabilidade, ao dar utilização inédita para um espaço disciplinar e de normalização, e isso faz da escola um laboratório social e político em escala reduzida. Por isso as ocupações são experiências de criatividade e autonomia e estão mostrando à sociedade civil e aos poderes constituídos o desejo de mudar a realidade atual do país.
Fotos por Ocupação Colégio Estadual Dom Pedro II
