Cavernas da cabeceira do Rio das Velhas: cadastro, espeleotopografia e caracterização

O Rio das Velhas, cuja nascentes estão localizadas dentro do Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas, em Ouro Preto, é o maior afluente em extensão da bacia do Rio São Francisco, desaguando no Velho Chico, no município de Várzea da Palma, na localidade de Barra do Guaicuí. O rio detém de 806,84 km de comprimento e a sua bacia tem 27.850 km² de área.

O projeto na cabeceira do Rio das Velhas, selecionado pela Usiminas no Banco de Projetos de Compensação Espeleológica da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), teve o Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE) firmado entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e a empresa em 2023.

O projeto da Sociedade Excursionista e Espeleológica (SEE) visa compreender o território da Serra de Ouro Preto, com foco no Quadrilátero Ferrífero, por meio da coleta de dados espeleológicos físicos e bióticos. A área principal de estudo será a cabeceira do Rio das Velhas, no município de Ouro Preto - MG.

Ainda em 2023 a Usiminas assinou o TCCE junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente (SUPRAM), ficando acordado que a empresa Spelayon será responsável pela gestão financeira do projeto. Lucas Soraggi, graduado em biologia e membro da SEE, será o coordenador do projeto.

Após a assinatura e divulgação, professores do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) demonstraram interesse em participar, auxiliando na coleta e análise biológica. O cronograma e orçamento do projeto foram atualizados, autorizados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) e enviados à Spelayon.

Em 01/02/2024, integrantes da SEE foram à Secretaria de Meio Ambiente de Ouro Preto para apresentar o projeto e obter autorização e apoio da Prefeitura, recebendo uma resposta positiva. No dia 23/02/2024, houve também uma apresentação no Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (CODEMA) com o mesmo objetivo. Além disso, foi solicitado um ofício para autorização e oficialização do projeto, posteriormente assinado pela Usiminas, tornando-o oficialmente ativo.

Prontamente, o coordenador Lucas Soraggi e os demais membros envolvidos no projeto solicitaram a compra dos equipamentos necessários para as etapas iniciais. O plano de trabalho, o orçamento de equipamentos e o cronograma do projeto foram atualizados para atender às demandas.

A presidente da SEE, Ana Eliza Medeiros, assinou o contrato com a Spelayon, oficializando a participação da SEE como executora do projeto. Em seguida, foi criado um grupo de comunicação entre os membros interessados, visando o melhor planejamento e organização das etapas futuras.

O projeto foi iniciado em 2025.