Entre os dias 12 a 25 de fevereiro de 2021, foi realizada a primeira campanha de campo da mestranda Wendy Tanikawa, vinculada ao projeto “Caracterização do Patrimônio Espeleológico do Parque Nacional das Sempre Vivas” (PNSV). A pesquisa tem como foco a investigação dos processos de formação e evolução das cavernas quartzíticas na região da Serra do Espinhaço Meridional, em Minas Gerais. Para isso, são analisadas de forma integrada as características estruturais, faciológicas, petrográficas e a geoquímica da água das cavidades.
Durante o campo, cinco feições foram topografadas, sendo três delas conhecidas previamente pela comunidade local: Lapa da Saduruta, Lapa da Santa de Pedra e Lapa do Dorico; e outras duas feições que foram encontradas durante a primeira etapa de prospecção realizada no parque. Até o momento, a maior feição apresenta aproximadamente 140 m de desenvolvimento horizontal. Também foram coletados dados estruturais e faciológicos do endo e do exocarste que serão integrados à caracterização geoespeleológica.
A análise da água incluiu a medição de parâmetros físico-químicos, por meio do multiparâmetro e amostras de água foram coletadas para análise geoquímica laboratorial, empregando a técnica de ICP-MS. Esses dados contribuirão para validar as hipóteses sobre os processos de espeleogênese na região.
Agradecemos à equipe do ICMBio e a comunidade de Macacos pelo acolhimento, e a toda a equipe do PNSV, em especial aos brigadistas e à Paula que não mediram esforços para ajudar.
Texto: Wendy Tanikawa
Participantes: Wendy Tanikawa, Mikhaela Saliveiros, Pedro Henrique Assunção, Rafael Oliveira e Isaac D. Rudnitzki.
Este projeto é financiado via Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico do ICMBio /CECAV através do Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE) 02/2018, firmado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A. (Processo SEI ICMBio nº 02667.000045/2018-11)
