A prática das ocupações tem desafiado as divisões tradicionais entre o ensino básico e superior, unindo os alunos do Ocupa UFOP aos estudantes secundaristas que ocuparam o Colégio Estadual D. Pedro II no dia 19 de novembro de 2016. O objetivo foi promover uma série de oficinas, debates, atividades culturais e o mais importante, construir um pensamento crítico.
O evento atraiu mais de 120 pessoas e incluiu rodas de conversa sobre a economia e política do país. Além disso, houve oficina de pintura no rosto, doação de cabelo (fios de solidariedade) com corte no local, brincadeiras no pátio do colégio e distribuição de algodão doce e pipoca.
A participação da SEE no evento, expondo o Museu Itinerante, contribuiu para a difusão do conhecimento espeleológico no meio escolar e social. Houve uma grande interação entre a comunidade e os estudantes, inclusive com a presença dos atuais vice-reitor e reitora da UFOP, Hermínio Arias Nalini e Cláudia Marliére, respectivamente.
Nesse contexto, as ocupações se tornaram instrumentos de luta política, mesmo com resultados ainda incertos. No entanto, já se pode perceber um impacto imediato na dimensão da experiência de resistência. As ocupações têm gerado novas formas de sociabilidade, transformando espaços disciplinares em laboratórios sociais e políticos em menor escala. Por isso, são experiências de criatividade e autonomia, demonstrando à sociedade civil e aos poderes constituídos o desejo de mudar a realidade atual do país.
Fotografias: Ocupação Colégio Estadual Dom Pedro II
