Projeto Cavernas do Ibitipoca

ibi

O projeto “As Cavernas do Ibitipoca” tem como área de estudo o Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb), que é uma Unidade de Conservação (UC) localizada no distrito de Conceição do Ibitipoca, município de Lima Duarte, sudeste de Minas Gerais, que abrange 1.488 ha da Serra do Ibitipoca, em altitudes que variam de 1.050 a 1.784 metros. O parque é gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) a partir de seu plano de manejo definido em 2006. A área conta com diversas atrações turísticas como quedas d’água, riachos, fauna e flora preservadas, além de um grande número de cavernas.

O projeto surgiu a partir de uma parceria com a Sociedade Carioca de Pesquisas Espeleológicas, que começou esse trabalho em 1990, interrompendo-o em 1994 e reativando-o no segundo semestre de 2014. O PEIb apresenta grande beleza cênica a qual está associada, entre outros, ao processo de carstificação em quartzitos (Figura 1), destacando-se um grande número de cavernas e o classificando como a maior área cárstica em quartzito do Brasil. Além do elevado número de cavidades, essas se destacam pela extensão, beleza, aspectos espeleogenéticos e fatores bióticos, ratificando a importância de um estudo detalhado.

Os trabalhos desenvolvidos durante as expedições ao PEIb são de grande importância para o levantamento dos dados espeleológicos do Brasil, uma vez que as cavernas estudadas e mapeadas possuem cadastro não atualizado quanto a topografia no Cadastro Nacional de Cavernas (CANIE). O objetivo do projeto é criar um banco de dados com as coordenadas das cavernas existentes na área do parque, além do mapeamento espeleométrico e caracterização geoespeleológica, obtendo como produto final um catálogo As Cavernas de Ibitipoca, que apresentará como conteúdo uma caracterização geológica, fotografias e o mapa espeleológico de cada caverna.

O Projeto atualmente continua em atividade, com campanhas futuras já programadas e 14 expedições já realizadas. É fundamental que o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais e a comunidade espeleológica conheçam o patrimônio natural subterrâneo desse parque e tenham conhecimento da extensão de seus aspectos quantitativos e qualitativos, de forma que possam estabelecer ferramentas de gestão que visem sua preservação ou uso responsável e sustentável.